Total de visualizações de página

Total de visualizações de página

segunda-feira, 28 de julho de 2014

“O modelo dos modelos” Italo Calvino


“O modelo dos modelos”  Italo Calvino

No texto de Ítalo Calvino ele relata a história de Palomar um homem que buscava construir em sua mente modelos perfeitos, podemos comparar quando os professores de sala procura a atividade perfeita para o aluno perfeito.
Todos somos seres singulares que temos mais facilidades em determinadas área, portanto não podemos ser colocados no modelo ideal, pois este não existe.
Pensando nos modelos e nas possibilidades devemos repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas afim de atender a contendo o aluno público alvo da educação especial.
A pessoa com deficiência tem possibilidades e dificuldades assim como os ditos normais, podemos contribuir ao processo de aprendizagem quando introduzimos atividades adequadas as necessidades do aluno e seja possível do mesmo realiza-la, porém que proporcione um desafio de aprendizagem.
Segundo a Política Nacional de Educação pessoa público alvo da Educação Especial são: a pessoa com deficiência física, mental, Deficiente Auditivo, Surdo, Cego, Baixa Visão, Altas Habilidades e  TGD (TEA-Autismo), Deficiente é: “aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.”
Os aluno têm no AEE o amparo e o apoio as necessidades particulares, visto que, o estudo de caso e a proposta do AEE ao aluno deve ser elaborado afim de minimizar as barreiras impostas pela deficiência ou as dificuldades individuais dos sujeitos envolvidos.
Cabe ao professor do AEE apagar da mente os modelos aprendidos durante inúmeros cursos ou pensamentos construídos ao longo do tempo, de que todos os alunos aprendem de igual forma, e que as estratégias são as mesmas para todos, assim sendo o profissional do AEE é capaz de desenvolver novos caminhos e novas estratégia afim de favorecer a aprendizagem do aluno.

Referencia
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional

de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

sábado, 14 de junho de 2014

Cartões de Comunicação de Atividades

Esta atividade poderá ser trabalhada com o aluno que apresentam TEA, nos anos iniciais de escolarização, porém, é bastante relativo ao quadro apresentado pelo aluno e seu desenvolvimento, desta forma é preciso adequar a cada realidade.
Nesta atividade propõem-se que o aluno do 3º ano faça o pareamento de figuras a ser realizada em sala de aula, a atividade estará sempre sendo antecipada no cartão de comunicação de antes e depois, que é destinado a autista com comprometimento severo, que não tem condições de absorver as informações contidas em um quadro de rotina mais completo.
A pessoa com TEA tem déficit significativo na comunicação social e interação social, interesse e comportamentos repetitivos ( Bez apud APA,2012). Desta forma, o processo inicial de trabalho com a pessoa com TEA deve ter como objetivo o estabelecimento de uma comunicação e autonomia.
O trabalho inicial de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) com a pessoa com TEA é através de sim / não e antes / depois, posteriormente se introduz um quadro de rotina mais elaborado e completo, pois o tempo de atenção da pessoa com TEA é mínimo e gradualmente é aumentado através de um trabalho rigoroso de rotina e antecipação do que irá vir após a cada atividade, desta forma inibe-se comportamentos inadequados.
Os déficit na comunicação e no desenvolvimento da linguagem estão presentes no autismo como parte da tríade que caracteriza a síndrome, mas sua intensidade e gravidade variam desde a ausência da fala até a fala hiperformal. WING, 1998)
Para Molini (2001) em seus estudos observou-se que existe a presença da intenção comunicativa, mesmo que essa possa ocorrer de forma alternativa de comunicação, sendo assim propomos neste momento uma atividade simples para alunos com comprometimento grave sem fala.
O pareamento de figuras acontece sempre sendo orientado através do cartão de comunicação da atividade a ser realizada e a atividade que virá após esta, assim que realizada a atividade o aluno colocará o cartão da atividade em uma caixa ou como no exemplo abaixo passando para a faixa das atividades FEITAS.
Conforme cada caso as atividades devem ser realizadas gradativamente e antes que o aluno não apresente mais interesse em permanecer em sala é preciso dar o REFORÇO daquilo que o aluno goste de fazer e ai então voltar para dar continuidade ao trabalho.



Esses são os cartões  de atividades  de antes e depois que serão mostrados  antecipando a atividade favorecendo assim o comportamento adequado.
As atividade acima demonstradas são para autistas que já estão na fase de abstração, pois, nos casos mas graves precisam de objetos concretos.
Os cartões de cima demonstra a atividade que esta sendo realizada e o debaixo a atividade que irá vir, as atividades executadas deverão ficar em uma caixa ou em um quadro de tarefas executadas como na figura abaixo. Quando o quadro clínico do autista for grave o ideal são caixas de atividades a serem realizadas e uma caixa de atividades executadas.



O professor do AEE poderá contribuir executando as mesmas atividades e usando o cartão de antecipação e na interlocução com a família, pois, a maior contribuição do professor do AEE é na intervenção em sala de aula contribuindo com os professores auxiliares, professor regente e equipe da escola orientando quais as estratégias de intervenções e montagem de material. O aluno com TEA necessita esta em sua maioria na convivência com os pares, pois, o maior comprometimento esta na interação social e na comunicação, por isso, o mais adequado é que o atendimento  do AEE ao aluno com TEA aconteça na sala de aula comum.




Referencias
BEZ, M. R Comunicação Alternativa e TEA. In: Curso de Atendimento Educacional Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014 

BOSA, C. A. Autismo: atuais interpretações para antigas observações. In: Claudio Baptista; Cleonice Bosa. (Org.). Autismo e educação: atuais desafios. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002,v.,p.22-39.
 

BEZ, M. R. As Tecnologias como signos na perspectiva da Teoria Sócio-Histórica. Curso de AEE-UFC.Disciplina: AEE e TGD 2014.

BEZ, M. R. Recursos Tecnológicos de Apoio para TEA. Curso de AEE - UFC. Disciplina: AEE E TGD. 2014.
 

ROPOLI, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : a escola comum inclusiva / Edilene Aparecida Ropoli ... [et.al.]. - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial ; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010.
 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez Atendimento Educacional Especializado em Construção

Educação Escolar de Pessoas com Surdez
Atendimento Educacional Especializado em Construção

Neste texto temos como perspectiva a visão do pós-modernismo na reflexão da educação escolar da pessoa com surdez rompendo com os embates entre gestualistas e oralistas, pois, nesta proposta é pensado o sujeito surdo como um ser reflexivo e capaz de desenvolver-se plenamente desde que tenha um trabalho pedagógico adequado. A proposta aqui exposta reflete sobre o fracasso escolar da pessoa com surdez independente dos estudos científicos adotados por oralistas ou gestualista e sim na busca de ações pedagógicas consistentes e produtivas para todos, e neste caso atendendo as necessidades da pessoa com surdez.
Desta forma, abre-se mão do que se constitui a chamada identidade surda, cultura surda, línguas surda e sujeito surdo e o grupo dominante ouvinte. Acreditando que não existe divisão entre pessoas com ou sem deficiência, pois, os seres humanos se igualam na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas interações. Neste momento, pensa-se o sujeito surdo como um ser capaz, de consciência, pensamento e linguagem, tal qual como os ouvintes tendo apenas em sua biologia a perda sensorial auditiva como diferença. Este é o momento em que se vê a necessidade do sujeito surdo com suas capacidades notáveis e dificuldades também de igual forma aos ouvintes e assim rompendo com os embates entre gestualistas e oralistas.
Neste momento em que rompe-se os embates e iniciamos a reflexão de qual é o problema da educação das pessoas com surdez vemos que a problemática não esta no problema da língua em si, más no fracasso escolar no Brasil como um todo, sendo assim, se faz necessário propor ações pedagógicas eficientes, tirando assim do foco a identidade surda e focar na pessoa com surdez (PS) que é um ser biopsicossocial, cognitivo, cultural; e na forma de aquisição e produção de conhecimento para este sujeito. Pensando uma prática pedagógica voltada para as potencialidades das pessoas surdas e dos demais.
Na proposta bilíngue que esta em conformidade ao Decreto 5.626 de 5 de Dezembro de 2005 que determina a formação da pessoa com surdez, em que a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa, esta na modalidade escrita, constituam língua de instrução e que o acesso a língua ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para todo o processo educativo.
Pensando a respeito da citação acima mencionada, devemos refletir que na proposta bilíngue que não deva existir uma hierarquia entre L1XL2, pois desta forma podemos estar reforçando o bimodalismo e não o bilinguismo, sabendo que a PS tem plena condição social e educacional de desenvolvimento e abrindo mão assim de que a proficiência nas duas línguas possa ser uma ilusão. Desta forma, voltamos a refletir que o fracasso educativo da PS é um problema das práticas pedagógicas e tirar de foco o problema desta ou daquela língua. Para PIERUCCI 1999, as diferenças e limitações devem ser reconhecidas e respeitadas e tirar de foco o fracasso nesta questão por conta da deficiência.
Nesta perspectiva de favorecer o pleno desenvolvimento do sujeito no Brasil existe a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva como marco legal e a proposta do Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com surdez, que acontece em três momentos AEE em LIBRAS, AEE de LIBRAS e AEE de Língua Portuguesa. Os Atendimentos do AEE acontecem no contraturno ao da sala de aula comum e em conformidade as necessidades e realidades locais.
Neste momento tivemos como objetivo de demonstrar as possibilidades e potencialidades do sujeito surdo numa perspectiva inclusiva e rompendo com a dicotomia e embates entre gestualistas e oralsitas, que tem prejudicado o pleno desenvolvimento da PS e tendo o AEE, como complementar e suplementar ao processo educativo.


Referências
A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fasciculo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez- Atendimento Educacional Especializado em Construção,  UFC-MEC/ 2010, p.46-57.